PREGAÇÃO

Relacionamento de Jesus com os crentes (Série ORAÇÃO SACERDOTAL DE CRISTO 6 de 8)

Jo 17      56 minutos      02/02/2014         

Mauro Clark


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Estamos vendo a famosa oração sacerdotal de Jesus.

Noite da traição, após Ceia, andando para o Monte das Oliveiras, onde seria traído.

Jesus ora ao Pai, conversando com Ele, desabafando, prestando contas, pedindo.

 

Dividi o trecho em 7 grupos de ensinos ou verdades básicas:

1) A HUMANIDADE É COMPOSTA DE DOIS GRUPOS DE PESSOAS

2) PERFIL DOS QUE SÃO DO MUNDO

3) PERFIL DOS QUE SÃO DE CRISTO (CRENTES)

4) RELACIONAMENTO ENTRE OS DOIS GRUPOS (CRENTES E OS DO MUNDO)

5) RELACIONAMENTO DE JESUS COM O PAI E VICE-VERSA

6) RELACIONAMENTO DE JESUS E OS CRENTES

7) EXPECTATIVA DE JESUS COM RELAÇÃO AOS CRENTES E AOS DO MUNDO

 

Já vimos os 5 primeiros.

Hoje: primeira parte do 6o. ponto: RELACIONAMENTO DE JESUS E OS CRENTES.

Veremos 7 pontos; três hoje e as quatro últimas na próxima pregação.

 

1) Jesus manifestou o nome do Pai aos crentes - v.6a, 26a

nome: confunde-se com a própria pessoa.

Um dos aspectos mais fáceis de perceber nos Evangelhos (especialmente João) é a frequência com que Jesus fala da PESSOA do Pai. Falou da glória dEle, do caráter, do poder, em suma, dos atributos.

Se Ele se concentrou tanto nesse ponto é porque era da mais alta importância que os discípulos estivessem bem instruídos sobre Deus Pai.

Especialmente no que concerne ao TRATAMENTO PESSOAL que Deus dá aos crentes como Pai (no VT idéia de Pai era mais relacion. com Israel).

 

Devemos pensar em Deus Pai não como alguém distante de nós, como um juiz frio e calculista ou uma autoridade severa.

Ele é um Pai amoroso e extremamente interessado em nós.

Veja o que Jesus falou sobre o Pai: Mt 6.26,31-33; 7.11; 10.29-31; Mt 11.25; Jo 6.39

 

Sugestão para um professor de ED: incluir no currículo cadeira sobre Deus Pai.

 

Além do caráter didático de Jesus em falar com frequência do Pai, facilmente se percebe PRAZER dEle em falar do Pai.

Nessa mesma oração sacerdotal Ele disse: Pai Santo (v.11); Pai justo (v.25). 

Pergunta: quando você fala do seu Pai celeste é por obrigação evangelística, dentro de contexto teológico ou, além disso, com muito prazer?

 

2) Os crentes CRERAM que Jesus saiu do Pai e foi enviado pelo Pai - v.8c, 25

saiu: mesma essência, ou seja, divino.

Muita gente crê em Deus mas não consegue crer em Jesus como um Ser divino.

O relacionamento do crente com Cristo é único no que se refere à convicção sobre a Pessoa dEle.

Milhões acreditam em Cristo, através de milhares de maneiras diferentes.

O Espírita diz que Jesus foi o espírito maior.

O Testemunha de Jeová diz que Ele é um filho especial de Deus, mas não é divino.

 

Mas será suficiente crer em Jesus da maneira que bem entender? Claro que não.

Precisa crer no que Ele próprio disse que era (e os outros autores bíblicos).

Quando Jesus falava do Pai, muitas vezes falava também de Si mesmo, como intimamente relacionado com o Pai, como sendo da mesma essência do Pai, como vindo diretamente do seio do Pai.

Exemplos:

Jo 10.30: Eu e o Pai somos um

Jo 14.9: Quem vê a mim, vê o Pai

 

Outros autores do NT, inspirados pelo Espírito Santo, atestarem a divindade de Cristo:

Jo 1.1-2; Cl 1.15-17; 2.9; Tt 2.13; Rm 9.5; Hb 1.3

Não crer em Jesus como Deus é não crer em Jesus para salvação. É continuar perdido.

Amigo, o importante não é você simplesmente crer em Cristo, mas COMO crê!

 

3) Jesus ROGA, suplica pelos crentes - v.9

Na realidade, todo o capítulo 17 é um rogo de Jesus pelos crentes (uma intercessão).

Com a ESCASSEZ DE TEMPO da vida moderna, poucos se preocupam com o próximo. O cidadão vive cercado de gente mas se sente só.

Raramente encontra quem esteja disposto a ouvir, entrar nos seus problema, ajudar.

Nesse contexto, é muito reconfortante saber que Jesus SE INTERESSA por nós.

Não pense que problemas e sofrimentos são prova de que Ele não se interessa.

É exatamente contrário! Tudo é para a nossa edificação, para o nosso bem.

 

Mas exatamente PELO QUE Ele roga por nós? Dois exemplos neste capítulo.

 

I) v.15 - Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal

É comum se perguntar porque Deus não leva logo o crente para o céu ao se converter.

Ora, como trabalharíamos para Deus neste mundo? Quem pregaria o Evangelho?

Em vez de pedir ao Pai que nos tire do mundo, Jesus pede que nos proteja do mal.

 

Mal aqui não é obrigatoriamente acidentes, mortes na família, problemas financeiros. Embora sofridas e ruins, essas pode se tornar benéficas por nos edificarem.

Mal é o pecado, frieza espiritual, apostasia. Nada disso traz qualquer bem.

Pode também se referir ao Maligno, ou seja, Satanás.

Jesus mostra interesse pelo nosso bem e pede ao Pai que nos proteja dessas coisas.

 

Essa oração é atendida? Claro. TODAS as orações de Cristo são respondidas.

Agora, a MANEIRA como é atendida é meio misteriosa para nós.

Muitas vezes pecamos e nos afastamos de Deus.

E porque Deus permite, se Cristo pediu o contrário?

O máximo que arrisco dizer é que Deus não interfere em nós a ponto de anular a nossa personalidade. Somos RESPONSÁVEIS pelos nossos atos.

 

Uma coisa é certa: se não fosse essa oração de Cristo e a proteção espiritual que o Pai nos dá através do Espírito Santo, PECARÍAMOS MUITO MAIS, seríamos presas fáceis nas mãos do pecado.

Graças a Deus por aquele pedido de Cristo a nosso favor!

 

II) v.17 -  Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

Jesus pede que o Pai nos santifique, nos torne cada vez mais puros, mais incontaminados, mais separados.

A maneira de nos matermos santificados é no CONTATO COM A VERDADE.

 

Mas o que é a verdade? Nos dias de hoje, a verdade é muito relativa, não há uma verdade absoluta, cada um tem a sua própria verdade, o que vale é a experiência, saber se funciona bem em termos imediatos e sem compromisso com coisa alguma.

O que é verdade para mim pode não ser para você. Essa é a filosofia reinante. Satânica, diabólica.

A verdade existe. Cristo é a verdade. Deus é a verdade absoluta.

Como a Palavra de Deus é a expressão escrita de tudo o que Deus tem a dizer para o homem, Cristo a personifica e a iguala com a própria verdade.

 

Em suma: Cristo pede ao Pai que, através do nosso contato com a Palavra, o Pai trabalhe em nós para que nos tornemos cada vez mais santos, mais puros.

Isso é exatamente o processo de SANTIFICAÇÃO, feito em nós pelo Espírito Santo.

 

Importante: nesse processo existe um aspecto que se refere à nossa DISPOSIÇÃO e VONTADE pessoal.

Se você não tiver contato com a Palavra, como Deus lhe santificará pela Palavra?

 

Para um planador subir, o piloto precisa entrar numa corrente ascendente. No momento que conseguir, pode ter certeza que vai subir.

E o contrário: enquanto evitar as ascendentes, sempre ficará no mesmo nível.

Deus está sempre disposto e com poder para nos fazer subir na santificação.

Mas precisamos nos EXPOR a esse poder, entrar nessa “corrente ascendente”.

E isso fazemos através do CONTATO COM A PALAVRA.

 

Termino lembrando que essa atividade de Jesus de interceder pelos crentes não se limitou ao passado.

Continua hoje, embora de maneira diferente, pois está junto do Pai: Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1;

E aqui vai nova sugestão para a ED: atividades de Jesus HOJE.

 

Que Deus nos abençoe com todas essas coisas.  Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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