Um Pai exigente, mas generoso (Série NÚMEROS 35)

Dt 3.23-25

Moisés ora, pedindo a Deus que reconsidere o castigo de não entrar na Terra Prometida.

Heróis da Bíblia eram pessoas como nós, sujeitas a frustrações e inconformações.

Moisés, coitado, mal podia aguentar a tristeza de não poder usufruir do alvo pelo qual viveu 40 anos da sua vida: entrar na Terra Prometida.

Dt 3.26

1. Deus indignou-se muito contra Moisés,.

Ou seja, o pedido de Moisés irritou a Deus.

Por que? Porque Deus já havia dado esse castigo e explicado (Nm 20.12)

Ser humilde quando se dirigir a Deus não significa estar agradando-O.

Moisés estava bem humilde (“implorei graça”)  e O irritou.

Mais importante do que humildade, é o conteúdo do que está tratando com Deus.

Não vá insistir em coisas que você já sabe que Ele não aprova.

2. Deus proibiu Moisés de voltar a falar no assunto.

A aparente dureza de Deus com Moisés fica melhor de compreender se olharmos como sendo intimidade de Deus para com ele, como um pai se zanga com um filho que insiste em pedir.

Quanto a nós, deve haver momentos em que Deus quer nos proibir de falar.

Mas como não fala diretamente, como fez com Moisés, como age?

Duas maneiras:

a) Ação do Espírito Santo, constrangendo o crente

b) Passagens das Escrituras que se referem ao assunto com que estamos envolvidos.

Dt 3.27 e Nm 27.12-14

Deus manda Moisés subir ao pico Pisga (do monte Nebo (Dt 34.1), da região de Abarim

Uma vez lá, apenas olharia a Terra Prometida, já que não entraria lá.

E morreria logo depois.

Motivo: rebeldia no episódio das águas de Meribá. (Já preguei, não comentarei).

Interessante: parece que ver a terra foi uma concessão especial de Deus. Manteve a proibição original de não entrar, mas encontrou um jeito de mostrar generosidade e atender o nem que fosse um pouquinho do pedido.

Nunca duvide que Deus será terá o máximo de generodidade e de boa vontade com você!

Nm 27.15-17

Deuteronômio não registra nada que Moisés falou após Deus ter se recusado a ouvi-lo.

Números registra que ele falou, mas não para insistir em pedir para si, e sim pelo povo.

Bonito: Moisés não ficou se lamentando, ou com raiva do povo (afinal foi por causa da rebeldia do povo que Moisés se zangou e feriu a rocha).

Apesar de errado, seria compreensível que tivesse encerrado ali a conversa com Deus, descido o monte totalmente desanimado, deixado Israel de lado, considerando-se já aposentado e se preparasse para morrer.

Ao contrário, voltou a ser o Moisés de sempre, grande intercessor de Israel perante Deus.

E pede a Deus que não deixe o povo sem líder, pois seriam “como ovelhas que não têm pastor”.

Aos que somos líderes, temos aqui uma grande lição.

Mesmo tristes quando somos disciplinados por reagirmos mal a uma hostilidade dos nossos liderados, não deixemos de pensar neles e de agir de modo benéfico.

Moisés fez o que pôde: pediu a Deus pelo povo.

Se perdermos o interesse pelo povo que lideramos, o honesto é entregar o cargo.

Enquanto somos líder, temos obrigação de lutar pelo bem estar do povo.

Próxima pregação: a reação de Deus quanto à nomeação de um novo líder.

Que Deus nos abençoe. Amém