2Sm 12.1-15 62 minutos 14/02/2016
Mauro Clark
Pano de fundo: Davi, rei. Adultério com Bateseba. Morte de Urias. Casa com Bateseba. Bateseba tem um filho.
Frase que encerra a narrativa até esse ponto:
11.27b: Porém isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor
Que sentença grave, terrível!
Frase de efeito duplo: não apenas resume o passado, mas prevê o futuro.
Prenúncio de castigo, de disciplina, de sofrimento.
Bíblia ensina que Deus disciplina a quem ama: Hb 12.5b-6
Davi era um filho amado e precisava ser disciplinado.
Vamos ao texto:
v.1-4
Deve ter ocorrido logo após o nascimento do filho do adultério.
Davi entendeu que Natã falava de uma história verídica para que o rei desse um veredito. As grandes causas eram trazidas para o rei julgar e decidir. E é o que ele faz:
Ler v.5-6
Davi fica profundamente irado com história tão revoltante.
E é rápido e duríssimo na sentença: o homem deve morrer sem escapatória (tão certo como vive o Senhor).
E antes de morrer, deveria pagar 4 ovelhas ao pobre homem que perdeu sua ovelhinha.
Ler v.7a: Então disse Natã a Davi: tu és o homem
Difícil imaginar o tamanho do choque do rei. De repente tudo deve ter ficado claro.
E Davi fizera ainda pior, pois além de tomar a mulher de Urias, matou o próprio.
É como se o homo rico depois de matar a ovelha do pobre ainda o tivesse assassinado.
Imagine o vexame de Davi ao descobrir que não estava ali como rei, para julgar o caso, mas como réu, para ser acusado de crime duplo, ambos gravíssimos.
Mas é exatamente isso o que o pecado faz conosco: nos rebaixa, nos coloca em posição de sermos acusados e condenados.
Observe:
1. Apesar de espiritualmente sensível, Davi não percebeu que era o homem da história.
A consciência quanto àquele caso estava embotada. Foi preciso que Natã lhe dissesse.
Uma das consequências do pecado é exatamente nos embotar a consciência.
Temos a terrível tendência de achar que o nosso pecado não foi assim tão grave.
Normalmente isso é armadilha da nossa carne.
Fique atento: quando alguém que você respeita disser que você está errado, preste bem atenção. A pessoa poderá estar com razão e até fazendo o favor de lhe abrir os olhos.
2. Somos muito rápidos em condenar as pessoas. Rápidos e rigorosos. Da maneira que somos condescendentes conosco, temos tendência de ser duros com os outros.
Se nos lembrássemos com mais frequência que somos iguais aos que condenamos, talvez fôssemos mais lentos e mais misericordiosos.
3. Salta aos olhos a coragem de Natã.
Davi era um homem que não respeitava muito a vida dos outros.
Para matar alguém era ligeiro. Basta ver Urias, que nem havia feito nada contra ele.
De fato o profeta foi corajoso.
Mas existe algo maior que a coragem de Natã: a fidelidade!
Ele recebera ordem de Deus para falar. E obedeceu.
Se tivesse de morrer, morreria com a aprovação de Deus.
Precisamos falar o que sabemos ser a vontade de Deus.
Independentemente do resultado contra nós. Que venham as consequências difíceis.
Mas se fomos fiéis, teremos agradado a Deus e isso é o que interessa. Ele haverá de nos proteger, se quiser, e nos recompensar.
Muitos crentes sabem o que devem falar mas não fazem por “não terem coragem”.
Isso é comum quando se trata de confrontar um irmão.
Mas antes de falta de coragem, é falta de fidelidade.
Da próxima vez que tiver de dizer algo difícil, mas necessário, faça como Natã.
Após dizer que Davi era o homem, o profeta assume ar solene e previne que o próprio Senhor Jeová falaria diretamente a Davi, através do profeta.
v. 7b-12
Duas coisas Deus disse a Davi:
1. v.7b-10: Davi desagradara profundamente a Deus, mostrando-se muito ingrato.
Deus fizera muitíssimo por ele:
* Ungira-o rei sobre Israel
* Livrou-o de Saul todas as vezes que o quis matar
* Permitiu que Davi dominasse pouco a pouco sobre a casa de Saul
* Entregou Judá e Israel para Davi reinar.
Tudo isso e Davi despreza a palavra Deus e peca gravemente contra Ele, mandando matar Urias e depois casando com a mulher dele.
Detalhe: se tudo tivesse sido pouco, Deus teria acrescentado mais!
a. Ingratidão é algo repugnante. Pois cada pecado é como uma ingratidão a Deus.
b. Quando Deus quer dar, quer beneficiar alguém, Ele não tem limites! Nada o impede. Vale a pena agradar esse Deus!
2 - Deus daria dois castigos severos a Davi:
1. Não faltaria violência dentro da família de Davi. E como houve!
2. Um parente (“próximo”) se deitaria com as mulheres de Davi à vista do povo (não em oculto, como ele fizera com Bateseba). Esse homem foi o seu filho Absalão.
Que notícias para Davi! Devia estar esmagado.
Primeiro pela própria consciência, já despertada por Natã.
E agora o próprio Deus o acusa de ingratidão e de pecados graves.
Por fim, os terríveis castigos que viriam.
Vejamos a reação dele, naquele estado tão deprimente:
v.13a: Pequei contra o Senhor
E só! Davi não tinha mais nada a dizer. E nem precisava!
Nessas 4 palavras Davi expressava o reconhecimento do pecado. E mais: com toda certeza, seu tom de voz devia mostrar claramente o seu sofrido arrependimento.
Aqui vemos o “velho Davi”, homem espiritualmente sensível.
Diferença de Saul: acusado por Samuel, deu todo tipo de desculpa, até mesmo colocando a culpa no povo.
Quando pecar, reconheça logo e confesse.
Não há outra maneira de resolver. De nada adianta desculpas.
Nem perante Deus, nem perante si mesmo e nem perante os outros.
v. 13b
Por causa da confissão de Davi, Deus o declara perdoado.
A pena que ele merecia, a morte, não seria aplicada.
Sempre junto com arrependimento e confissão, vem o perdão.
Isso é válido tanto para a conversão como para o crente.
Que maravilha sabermos que temos um Deus que sempre nos perdoará.
Mas a história não terminou. Ainda reserva uma grande lição:
v.14-15
Davi precisa ser punido. Ele era um rei. O rei de Israel. O rei do povo escolhido de Deus. Os inimigos iriam falar mal não de Davi, mas desse Deus.
A pena seria a morte da criança.
O perdão de Deus significa que o nosso relacionamento com Ele está mantido.
Mas não elimina a necessidade de disciplina, para aprendermos.
E essa disciplina poderá ser proporcional ao destaque que temos.
Quanto maior, maior o estrago ao Evangelho. Por isso os líderes são tão visados.
Seja como for, aceite a disciplina de Deus, quando vier. É benigna!
Que Deus nos abençoe com lições tão valiosas da Palavra de Deus. Amém
Pequei!
2Sm 12.1-15
Pano de fundo: Davi, rei. Adultério com Bateseba. Morte de Urias. Casa com Bateseba. Bateseba tem um filho.
Frase que encerra a narrativa até esse ponto:
11.27b: Porém isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor
Que sentença grave, terrível!
Frase de efeito duplo: não apenas resume o passado, mas prevê o futuro.
Prenúncio de castigo, de disciplina, de sofrimento.
Bíblia ensina que Deus disciplina a quem ama: Hb 12.5b-6
Davi era um filho amado e precisava ser disciplinado.
Vamos ao texto:
v.1-4
Deve ter ocorrido logo após o nascimento do filho do adultério.
Davi entendeu que Natã falava de uma história verídica para que o rei desse um veredito. As grandes causas eram trazidas para o rei julgar e decidir. E é o que ele faz:
Ler v.5-6
Davi fica profundamente irado com história tão revoltante.
E é rápido e duríssimo na sentença: o homem deve morrer sem escapatória (tão certo como vive o Senhor).
E antes de morrer, deveria pagar 4 ovelhas ao pobre homem que perdeu sua ovelhinha.
Ler v.7a: Então disse Natã a Davi: tu és o homem
Difícil imaginar o tamanho do choque do rei. De repente tudo deve ter ficado claro.
E Davi fizera ainda pior, pois além de tomar a mulher de Urias, matou o próprio.
É como se o homo rico depois de matar a ovelha do pobre ainda o tivesse assassinado.
Imagine o vexame de Davi ao descobrir que não estava ali como rei, para julgar o caso, mas como réu, para ser acusado de crime duplo, ambos gravíssimos.
Mas é exatamente isso o que o pecado faz conosco: nos rebaixa, nos coloca em posição de sermos acusados e condenados.
Observe:
1. Apesar de espiritualmente sensível, Davi não percebeu que era o homem da história.
A consciência quanto àquele caso estava embotada. Foi preciso que Natã lhe dissesse.
Uma das consequências do pecado é exatamente nos embotar a consciência.
Temos a terrível tendência de achar que o nosso pecado não foi assim tão grave.
Normalmente isso é armadilha da nossa carne.
Fique atento: quando alguém que você respeita disser que você está errado, preste bem atenção. A pessoa poderá estar com razão e até fazendo o favor de lhe abrir os olhos.
2. Somos muito rápidos em condenar as pessoas. Rápidos e rigorosos. Da maneira que somos condescendentes conosco, temos tendência de ser duros com os outros.
Se nos lembrássemos com mais frequência que somos iguais aos que condenamos, talvez fôssemos mais lentos e mais misericordiosos.
3. Salta aos olhos a coragem de Natã.
Davi era um homem que não respeitava muito a vida dos outros.
Para matar alguém era ligeiro. Basta ver Urias, que nem havia feito nada contra ele.
De fato o profeta foi corajoso.
Mas existe algo maior que a coragem de Natã: a fidelidade!
Ele recebera ordem de Deus para falar. E obedeceu.
Se tivesse de morrer, morreria com a aprovação de Deus.
Precisamos falar o que sabemos ser a vontade de Deus.
Independentemente do resultado contra nós. Que venham as consequências difíceis.
Mas se fomos fiéis, teremos agradado a Deus e isso é o que interessa. Ele haverá de nos proteger, se quiser, e nos recompensar.
Muitos crentes sabem o que devem falar mas não fazem por “não terem coragem”.
Isso é comum quando se trata de confrontar um irmão.
Mas antes de falta de coragem, é falta de fidelidade.
Da próxima vez que tiver de dizer algo difícil, mas necessário, faça como Natã.
Após dizer que Davi era o homem, o profeta assume ar solene e previne que o próprio Senhor Jeová falaria diretamente a Davi, através do profeta.
v. 7b-12
Duas coisas Deus disse a Davi:
1. v.7b-10: Davi desagradara profundamente a Deus, mostrando-se muito ingrato.
Deus fizera muitíssimo por ele:
* Ungira-o rei sobre Israel
* Livrou-o de Saul todas as vezes que o quis matar
* Permitiu que Davi dominasse pouco a pouco sobre a casa de Saul
* Entregou Judá e Israel para Davi reinar.
Tudo isso e Davi despreza a palavra Deus e peca gravemente contra Ele, mandando matar Urias e depois casando com a mulher dele.
Detalhe: se tudo tivesse sido pouco, Deus teria acrescentado mais!
a. Ingratidão é algo repugnante. Pois cada pecado é como uma ingratidão a Deus.
b. Quando Deus quer dar, quer beneficiar alguém, Ele não tem limites! Nada o impede. Vale a pena agradar esse Deus!
2 - Deus daria dois castigos severos a Davi:
1. Não faltaria violência dentro da família de Davi. E como houve!
2. Um parente (“próximo”) se deitaria com as mulheres de Davi à vista do povo (não em oculto, como ele fizera com Bateseba). Esse homem foi o seu filho Absalão.
Que notícias para Davi! Devia estar esmagado.
Primeiro pela própria consciência, já despertada por Natã.
E agora o próprio Deus o acusa de ingratidão e de pecados graves.
Por fim, os terríveis castigos que viriam.
Vejamos a reação dele, naquele estado tão deprimente:
v.13a: Pequei contra o Senhor
E só! Davi não tinha mais nada a dizer. E nem precisava!
Nessas 4 palavras Davi expressava o reconhecimento do pecado. E mais: com toda certeza, seu tom de voz devia mostrar claramente o seu sofrido arrependimento.
Aqui vemos o “velho Davi”, homem espiritualmente sensível.
Diferença de Saul: acusado por Samuel, deu todo tipo de desculpa, até mesmo colocando a culpa no povo.
Quando pecar, reconheça logo e confesse.
Não há outra maneira de resolver. De nada adianta desculpas.
Nem perante Deus, nem perante si mesmo e nem perante os outros.
v. 13b
Por causa da confissão de Davi, Deus o declara perdoado.
A pena que ele merecia, a morte, não seria aplicada.
Sempre junto com arrependimento e confissão, vem o perdão.
Isso é válido tanto para a conversão como para o crente.
Que maravilha sabermos que temos um Deus que sempre nos perdoará.
Mas a história não terminou. Ainda reserva uma grande lição:
v.14-15
Davi precisa ser punido. Ele era um rei. O rei de Israel. O rei do povo escolhido de Deus. Os inimigos iriam falar mal não de Davi, mas desse Deus.
A pena seria a morte da criança.
O perdão de Deus significa que o nosso relacionamento com Ele está mantido.
Mas não elimina a necessidade de disciplina, para aprendermos.
E essa disciplina poderá ser proporcional ao destaque que temos.
Quanto maior, maior o estrago ao Evangelho. Por isso os líderes são tão visados.
Seja como for, aceite a disciplina de Deus, quando vier. É benigna!
Que Deus nos abençoe com lições tão valiosas da Palavra de Deus. Amém