Gn 27 26 minutos 23/10/2016
Mauro Clark
Perguntamos como Deus permite que uma bênção tão especial, que envolve todo o povo judeu, e até aponta para Cristo, tenha sido concedida em circunstâncias tão esquisitas, envolvendo tantas coisas feias.
Vimos alguns fatos para nos ajudar a não acharmos tão estranha a estória:
Quanto a Esaú
1. Era um homem profano (Hb 12.16-17), já tinha vendido seu direito de primogenitura - estava apenas pagando pelo seu comportamento.
2. Esaú era tão materialista que não se arrependeu do que fizera.
Seu choro não foi de arrependimento, mas por ter perdido a bênção.
Ele jamais teria valorizado a bênção recebida de Isaque.
Em vez de bênção, Esaú recebeu maldição (v. 39-40), que já comentamos.
Hoje complementaremos vendo alguns pontos sobre Jacó:
1. Apesar de tudo, em contraste com o irmão, valorizava as coisas de Deus.
Deus se agrada muito de quem valoriza as coisas espirituais, as coisas que interessam a Ele: Cl 3.1-2; Mt 16.23
2. Jacó estava em processo de aperfeiçoamento: 20 anos depois, após lutar com Deus, tornou-se outro homem.
Às vezes não entendemos porque Deus parece abençoar pessoas erradas.
Talvez uma explicação é que essas pessoas estão em processo de aperfeiçoamento.
Duas observações:
a) Apesar das bênçãos, pessoas que erram, muitas vezes pagam duramente pelos erros.
b) A rigor, qualquer pessoa é “errada” para receber bênçãos!
Cada bênção de cada um é pela misericórdia de Deus.
v.27-29 - A bênção em si
Olhava para o futuro, para Israel, representado em Jacó - um dos patriarcas.
Características:
* Fartura material- exuberância...fartura
* Poder político - sirvam-te povos
* Autoridade moral e espiritual - nações te reverenciem
* Predominância sobre aparentados - ... senhor de teus irmãos: árabes
* Povo mais importante do mundo: modo como seria tratado seria a medida para que Deus abençoasse ou amaldiçoasse - repetição do que dissera a Abraão em Gn 12.3
Quando seria cumprida essa profecia em forma de bênção?
Quanto a Jacó, pessoalmente, pequena parte: fartura.
Um pouco mais através de José: rico e poderoso.
Bem mais, embora ainda parcialmente: Davi e Salomão, reis poderosos.
Mas mesmo no reino deles, nunca Israel foi potência mundial (comparado com os Assírios, Babilônios, Medo-Persas, Gregos e Romanos).
Ou seja, o cumprimento pleno ainda é futuro: MILÊNIO.
Mesmo com tantas explicações, talvez alguns ainda estejam inconformados, achando a história esquisita.
Para esses, termino com uma observação:
Deus é Soberano e nem tudo que Ele faz nós conseguimos entender.
Mesmo que às vezes não o compreendamos, devemos confiar nos Seus atributos.
Quer você O compreenda ou não, Ele continua sendo fiel, verdadeiro, santo e justo.
Final: Rm 11.33-36
Que Deus nos abençoe. Amém