Ap 13.1-10 53 minutos 02/12/2018
Mauro Clark
Terminei a pregação passada lendo v.17c, referente ao dragão, Satanás:
... e se pôs em pé sobre a areia do mar.
Entram em cena outros dois personagens cruciais na Tribulação, desta vez dois homens, embora profundamente dominados pelo diabo: o anticristo e o falso profeta.
A rigor, o anticristo já havia sido referido em Ap 11.7, sendo a besta que surge do abismo e que matará as duas Testemunhas.
v.1-2
Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. 2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
Besta com 10 chifres e sete cabeças: não é propriamente o anticristo, mas um conjunto de reinos, inclusive da antiguidade e outros futuros, um dos quais será o anticristo.
Esses impérios, ao longo das épocas, eram dominados pelo diabo e a comparação com animais deve ser a agilidade do leopardo, a força do urso e a voracidade do leão.
O cap. 17 contém uma descrição mais detalhada, quando João viu uma mulher estranhíssima, chamada Babilônia, a grande, e mãe das meretrizes e das abominações da terra. Quem é essa mulher, veremos depois.
Mas ela estava montada na besta do cap 13, de quem temos mais detalhes aqui:
Resumo de 17.3, 7-17:
* Besta repleta de nomes de blasfêmia, com 7 cabeças e dez chifres: mesma do cap. 13.
* Era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição: parte passado e parte futuro.
* 7 cabeças: dois símbolos diferentes:
a. Sete montes (talvez referência a Roma, império romano redivivo).
b. Sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.
Caíram cinco: novamente ideia de passado, do ponto de vista de João (talvez Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa e Grécia).
Um existe: presente, Roma (do ponto de vista de João).
Outro ainda não chegou: futuro, nova forma do império romano (ou império islâmico).
Mas ainda surge um oitavo rei, que procede dos sete (ou do sétimo).
Importante: Este oitavo rei seria exatamente o anticristo, que também passa a ser chamado de besta. É como se o conjunto de todos esses impérios passados, presentes e futuros, chamado até aqui de besta, agora se concentrasse e se personalizasse nesse oitavo rei que iria surgir.
No cap. 13, de onde vimos e vamos voltar, esse mesmo fenômeno ocorre, de chamar de besta apenas o rei que se destacaria dos outros, que é o chamado anticristo.
Quanto aos chifres (17.12-13, 17):
Dez reis futuros, talvez saídos da sétima cabeça, contemporâneos com o anticristo, e que oferecem a ele a sua autoridade. Ou seja, o anticristo seria fruto de uma combinação desses dez reinos que o fariam autoridade suprema.
Na próxima pregação voltaremos ao cap. 13, continuando a analisar o anticristo.
Que Deus nos abençoe. Amém