PREGAÇÃO

O segundo mandamento: Deus ciumento, como? (Séries ÊXODO 52 e OS DEZ MANDAMENTOS 3 de 16)

Ex 20.4-6      37 minutos      28/07/2019         

Mauro Clark


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v.5b:

... porque eu sou Deus zeloso...

Aqui temos oficialmente o motivo que Deus deu para estabelecer o 2o. mandamento.

E dentro do motivo, uma ameaça e uma promessa de bênção.

 

Motivo: Ele é zeloso:

Hebr.: ciumento (apenas usada no AT para Deus).

W.E.Vine: “A palavra se refere diretamente aos atributos da justiça e santidade de Deus, pois Ele é o único objeto da adoração humana e não tolera o pecado do homem”.

Ele chega a dizer que o seu próprio nome é Deus Zeloso - Ex 34.14

 

É difícil imaginarmos o ciúme de Deus partindo do nosso ciúme, que sempre está misturado com sentimentos negativos.

 

No NT o conceito é repetido: Tg 4.5

Quem despertar o ciúme deste Deus zeloso, vai dar contas diretamente a Ele.

 

E de onde vem tanto ciúme de Deus quanto ao reverenciar de ídolos e estátuas?

Do amor que Ele tem... por Ele mesmo! Is 48.9-11; Ez 20.9,14,22,44

Ele ama tanto a Si mesmo que não permite ser ofendido com a adoração a ídolos.

E quando é o caso, o ciúme dEle se inflama.

 

Voltando:

Ameaça (não apenas relacionada ao 2o. mandamento, mas a qualquer um que desobedeça a Deus):

visito a iniquidade dos pais nos filhos até 3a. e 4. geração dos que me aborrecem

 

Problema interessante: aparente contradição de Ez 18.20.

Mas não é bem assim.

No exílio babilônico, os judeus pensavam estar pagando pelos pecados dos pais:

Ez 18.2-3.

Dois perigos:

1) Entender errado a justiça divina

2) Achar que não havia nada a fazer, a não ser suportar (e reclamar!).

 

No v. 20, Ezequiel corrige isso e diz enfaticamente que cada um é responsável pelo próprio pecado e terá que dar conta dele perante Deus.

 

Quanto ao nosso texto, fala de consequência do pecado, o que é bem diferente.

 

Ex: Mãe grávida toma droga e o filho nasce defeituoso. Ele não é responsável pelo pecado da mãe, mas sofreu a consequência.

 

Isso é uma lei da vida, que Deus estabeleceu: pessoas podem sofrer pelos pecados de outros.

Int.: Deus chama o pecado aqui com algo feito por alguém que o aborrece (lit. odeia).

 

Mas esse princípio vale também ao contrário:

v. 6:

Promessa de bênção:

faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam...

Mesmo princípio: pessoas podem se beneficiar com o bem feito por outro. Que bem? Atos de amor feitos a Deus e de obediência aos mandamentos dEle.

(Veja o grande mandamento - Amar a Deus - discretamente embutido aqui!).

 

Mas o propósito de Deus aqui não é apenas revelar o princípio das consequências, mas dizer que esse princípio é aplicado com PESOS diferentes.

Há um CONTRASTE enorme entre a magnitude da aplicação para os afetados pelos pecados de outros e para os alcançados pelos benefícios de outros.

* Nos desobedientes, Ele visita até a 3a. ou 4a. geração.

* Nos que Lhe amam e obedecem, Ele age até à MILÉSIMA geração.

Ou seja, Ele utiliza muito mais a misericórdia do que a ira.

 

Repito: o importante aqui é o CONTRASTE entre a ira e a misericórdia de Deus quando pecado é cometido na terra e quando obediência é praticada na terra.

 

Lições:

1. Cuidado em ferir qualquer ponto do amor de Deus por Ele próprio.  

 

2. À parte da obrigação de sermos obedientes, lembre-se que por sua causa pessoas podem ser abençoadas e também por sua causa pessoas podem sofrer.

Deve ser triste ver um filho ou neto sofrer por causa de pecado nosso.

E, ao contrário, deve ser maravilhoso ver Deus abençoar nossa família, nossos descendentes por VOCÊ, que demonstrou amor a Ele!

 

3. Imitando a Deus, no uso do rigor da justiça e de uma ira justa, não vá muito fundo. Mas no uso da misericórdia para com os que fazem o bem, vá fundo!

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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