Nos últimos dois domingos temos falado sobre a afirmação de Salomão em Ec 3.1 de que todo propósito humano está determinado por Deus, até o tempo exato de ocorrer.
Falei dos quatorze pares de contrastes de Salomão, tipo nascer x morrer.
Depois fiz uma listra complementar de mais sete pares de contrastes.
Mas num dos pares de Eclesiastes, tempo de amar e tempo de aborrecer, fiz uma ressalva, explicando que “amar” ali não é amor cristão ágape, mas simpatia, se dar bem.
Por que senti necessidade de fazer essa ressalva?
Porque o princípio de que há tempo de fazer ou proceder de maneiras opostas, não se aplicam ao amor cristão.
Ou seja, biblicamente, não há momento de amar e momento de não amar.
Pensando mais profundamente nessa linha, percebe-se que há várias situações semelhantes, ou seja, atitudes e posturas que devemos ter o tempo todo!
Hoje veremos algumas dessas situações.
1) Não há tempo de NÃO AMAR
Amar é decisão de querer o bem do outro e se esforçar para alcançar.
Nunca deve haver momento para você desejar o mal do outro.
Nunca você deve fazer algo com o objetivo puro e simples de prejudicar o outro.
Ressalva: nem tudo que traz sofrimento ou tristeza, indica prejuízo e falta de amor.
Ex.: surra filho; demissão por mentira; denúncia que provoca fechamento de empresa.
Bastam três passagens para provar que não há tempo de não amar:
* Mt 22.34-40 - Amar ao próximo como a si mesmo.
Pessoa normal NUNCA quer o mal para si mesmo. Se quer, precisa de ajuda.
* Mt 5.43-44 – Ora, se é para amar até o inimigo, quem restou para não amar?
* 1Jo 4.16 - Deus é amor - Deus nunca deixa de amar. E se o amor dEle é derramado em nossos corações (Rm 5.5), nunca devemos deixar de amar.
2) Não há tempo de NÃO PERDOAR quando solicitado.
Mt 18.21-22: literalmente 490 vzs. - ou seja, sem limite.
É um absurdo imaginar que um irmão lhe ofende, chega contrito, pede perdão e você diz: - Não, hoje não. Estou aborrecido com muitas coisas, hoje não dá. Aliás, o pastor mesmo disse que tem tempo para tudo. Hoje estou em tempo de não perdoar. Amanhã, pode ser.
Em suma, a ordem de Cristo é clara: sempre que alguém verdadeiramente pedir perdão, deve ser concedido. “Verdadeiramente”, como? Com arrependimento: Lc 17.3-5.
Importante: perdão é desconsiderar uma atitude hostil, para efeito de relacionamento.
Castigar ou disciplinar por atitude errada não significa que o perdão tenha sido recusado.
O próprio Deus age assim conosco. Quanto confessamos, Ele sempre perdoa, mas pode nos disciplinar. O pai perdoa o filho e dá disciplina fisicamente.
Na próxima semana veremos mais exemplos. Que Deus nos abençoe. Amém